sexta-feira, 25 de abril de 2014

Discussão de "Alto" Nível

Estive relendo alguns comentários referentes a posts neste blog e encontrei o seguinte sobre a evolução das espécies: "As bactérias sofrem seleção SIM, as mais resistentes sobrevivem e sua população cresce, prevalecendo sobre as sensíveis ao medicamento; a população (e não o indivíduo) sofre alteração no material genético SIM; as fracas morrem, as fortes vivem."

Logo se vê que trata-se, o fulano aí, de um biólogo, geneticista ou coisa que o valha, tamanha a autoridade do sujeito. Segundo ele as bactérias "sofrem seleção SIM e tenho dito" Só isso. Seu argumento mais convincente é a palavra sim escrita em letras garrafais. 

Mas pra você que, como eu, não é especialista no assunto e que, além de tudo, não sabe do que estamos falando, vamos começar do começo: Discutíamos a hipótese evolucionista, de Darwin, em oposição à criacionista, ou ao design inteligente, evidentemente, e esse Diego comentou que a resistência a antibióticos, adquirida pelas bactérias é uma prova da seleção natural, ao que eu contra argumentei dizendo que isso é apenas variação de baixo nível, que, por óbvio, não altera a informação genética da bactéria. Foi daí que surgiu tão esmerada resposta.

Veja o nível de conhecimento do infeliz: Ele nos ensina que algo que acontece fora do ser vivo é capaz de alterar a informação genética no interior do núcleo de suas células (informação esta determinada pela programação genética adquirida dos pais)! O que equivale a dizer, segundo ele, que se você sofrer a amputação de uma perna, seu filho nascerá perneta! Aliás, não foi isso que ele disse. Foi ainda melhor. Ele disse que quem sofre a alteração genética não é a bactéria individual nem sua descendência, mas a população de bactérias da qual aquelazinha faz parte!!! E eu que achava que informação genética era pessoal e transferível apenas aos descendentes! Foi aí que aprendi que grupos devem ter DNA populacional! Quer dizer, se eu e a maioria dos meus vizinhos sofrermos amputação, nosso DNA será alterado e o cromossomo que enviava a informação para desenvolvimento da perna perdida, desaparecerá! E desaparecerá inclusive nos filhos daqueles que não sofreram tal amputação, já que a alteração foi do grupo! Em consequência lógica, nossos filhos nascerão amputados, porque a amputação coletiva mudou o DNA da vizinhança! A ciência é linda!

Outro especialista disse o seguinte: "Ricardo, você passaria menos vergonha se não comentasse sobre assuntos do qual [sic] não tem conhecimento. A EVOLUÇÃO pela qual as bactérias passam quando adquirem resistência significam [sic] SIM mudança do DNA bacteriano e isso acontece por diversos mecanismos que não vale a pena elucidar já que você provavelmente não é da área (e se for está precisando estudar mais) sobre a qual está emitindo uma opinião." Pois é, ele escreveu assim mesmo, sem pontuação nem concordância. E logo vemos que temos outro especialista. E mais, um especialista que colocou-me no meu devido lugar. E mais uma vez, usou e abusou dos incontestáveis argumentos das letras maiúsculas.

Eu sinto falta de quando as pessoas tinham vergonha, sabe! De quando temiam parecer bobas ou idiotas. De quando escutavam mais e falavam menos. Lembro-me de meus colegas de escola tremendo (assim como eu) diante da possibilidade de uma prova oral, pelo temor de falar uma besteira e parecer ridículo na frente de todo mundo. Bons tempos aqueles. Hoje não. Hoje as pessoas não só não temem dizer besteiras, as mais estúpidas possível, como parecem fazer questão de dizê-las da forma mais mal ditas de que são capazes. Não só emitem uma opinião besta, mas a dizem de maneira medíocre e gramaticalmente ridícula. E eu já sei que os tais virão com um argumentozinho borra botas de auto comiseração, dizendo que não são gramáticos, que não importa a forma do discurso, mas o seu conteúdo, etc, etc. Bobagem. Todos sabemos que importa sim. O conhecimento sozinho, sem inteligência, não serve pra nada, na prática. Um sujeito que não domina a língua pátria pode interpretar profundamente aquilo que lê? Claro que não. Ele sequer, pelo que vemos aqui, interpreta corretamente aquilo que escreve! Sequer é capaz de escrever aquilo que pensa. Por isso é que eu digo: importa a forma e o conteúdo, até porque aqui nós não vimos nem uma nem outra.

Os caras não sabem o que pensam e nem porque o pensam! Começam dizendo uma coisa e terminam dizendo outra. E a gente percebe, quando terminam, que elas nem sequer conseguiram começar. É o que a gente vê neste caso.

Qualquer pessoa que tenha um mínimo de inteligência admite que não pode dizer como a vida surgiu. O evento é não observável e nunca foi observado nem reproduzido, é lógico. Ninguém pode, também, dizer com exatidão, como se iniciou o... início! Como foi que tudo começou. Como foi que "o nada" passou a ser tudo e, na tentativa de explicá-lo, vemos toda sorte de peripécias intelectuais esdrúxulas e ineficazes. Uns falam de um "nada" muito denso que acabou explodindo! Outros crêem num universo eterno, o que é uma impossibilidade física, uma vez que o universo consome energia e, se o universo vem consumindo energia desde a eternidade, essa energia já teria sido consumida em algum ponto da eternidade passada (se é que isso existe). Difícil de entender? Dá pra simplificar da seguinte maneira: eternidade não tem começo e também não tem fim, portanto, o que a mantém existente é ela em si mesma e nada na eternidade pode ser finito. A energia é. Einstein também demonstrou que o universo se expande. Portanto, se ele vem se expandindo desde a eternidade, ele já teria se dissipado completamente e não haveria oportunidade para a existência de sistemas, de nebulosas, de constelações, etc.

Então, se o universo teve um começo, é de se crer, seguindo o raciocínio lógico, que deve ter existido uma causa motivadora para esse começo. Algo deu, no mínimo, o pontapé inicial, correto? E entre as causas possíveis, eu prefiro crer num Deus DEUS. Num Deus inteligente e projetista. Isso é mais inteligente do que crer num acaso cego que, de casualidade em casualidade conseguiu dar origem não só ao universo, mas à vida! A essa coisa extremamente complexa e frágil que é a vida! E a vida em suas mais variadas formas!

O acaso cego dando origem a informação complexa, útil e eficiente, nunca foi observado na natureza ou em laboratório. Portanto, isso não pode ser considerado científico. A criação é e sempre foi observável. Ela é, portanto, uma hipótese científica e nunca deixará de sê-lo. Deixemos, portanto, de conversa fiada e de gritaria e vamos discutir a coisa com razão e inteligência. É pena que, segundo creio, o dogmatismo evolucionista impede seus discípulos de discutir com inteligência. Seu fideísmo é insuperável.

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