quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O Mundo Melhor

É muito absurdo isso de as pessoas acharem que a política tem a atribuição ou a capacidade de construir um mundo melhor e uma sociedade mais justa. Aliás, quem é que pode determinar o que seja uma sociedade mais justa? Mais justa pra quem? Mais justa como? A que preço? Até onde é conveniente irmos em busca dessa sociedade e desse mundo melhor? De quais valores vamos abrir mão? A moral deve ser abandonada na busca dessa sociedade?

Toda e qualquer pessoa que tenha um mínimo de bom senso sabe criticar e, na maioria das vezes com propriedade, os defeitos da política e, especialmente dos políticos e dos partidos. Desonestidade, corrupção, interesses escusos, a sanha e o "vale-tudo" pelo poder, pelo dinheiro, etc... A maioria das pessoas, principalmente as mais simples, generalizam tudo e dizem que políticos são todos a mesma coisa, etc, blá, blá, blá. É evidente que não é assim. Existe uma minoria honesta. Uma minoria que não tem oportunidade de ser vista, tamanha a evidência das obscenas práticas usuais da política corriqueira.

Só que quando a questão se refere à implementação do tal mundo melhor, são justamente eles, os de raciocínio mais bocó, ou seja, os que acreditam que todos os políticos são porcos, os primeiros a acreditar nas boas intenções desses mesmo políticos! Os mesmos porcos corruptos e incompetentes, quando o assunto é justiça social, se tornam sacrossantos porta-estandartes do bem! Sim, os bocós são os primeiros a se apaixonarem pelas políticas públicas dos bandidos no poder!

O pior de tudo é que, nessa crendice, em nome desse mundo melhor obrigatório que virá por força de leis feitas pelos bandidos, o brasileiro admite todo tipo de desmando e intolerância! Admite até a ditadura de um partido! Impressionante como, pra essa gente, esses partidos, desde que imbuídos do nobre dever de implantar à força o mundo melhor, adquirem legitimidade pra tudo! Inclusive para derrubar a nossa moral, o bom senso, a honestidade e os bons costumes! 

Quando eu falo das pessoas mais simples, falo no sentido intelectual e falo pejorativamente mesmo. Mais que isso, falo do brasileiro médio, que não tem a menor capacidade de raciocinar por si mesmo. Não tem, aliás, o interesse de raciocinar. Não quer saber e tem raiva de quem sabe. Pois bem: esse brasileiro médio pode discordar em tudo, de um partido ou grupo político, mas se esse mesmo partido fala do social, e faz carinha de emocionado, como quem ama a humanidade, pronto: foi promovido a um partido de santos, cheios de boas intenções e soluções. Os bons moços que faltavam para nos sanarem todos os problemas.

Meu amigo, já passou da hora de a gente deixar de ser estúpido. Eu tenho vergonha quando leio certas postagens no Facebook, apoiando todas as manifestações de todas as minorias! Já é tempo de a gente deixar de ser retardado! Foi assim que se instalaram regimes como o chinês, o soviético, o cubano, o cambojano, o albanês, etc, etc, etc.

Senhores, criar o mundo melhor com os piores homens é impossível! Uma sociedade justa nunca poderá ser formada por pessoas injustas, ainda que as leis sejam capitais. Lei não muda caráter! Enquanto nossos valores forem feitos da preferência de cada um e nossa cultura for a contracultura, aquela que se ufana da marginalidade e da feiura, nós estaremos fadados ao fim. À morte, mesmo.

Diz-se que precisamos abrir espaço à favela. À cultura marginal! Favela, meu amigo, pra te falar a verdade, não deveria nem existir! Mas hoje não. Hoje se acha bonito não só existirem favelas, mas exaltam sua "cultura". "O funk tem que ganhar lugar na mídia, porque é a nossa cultura!" Ora essa, nossa o escambau. Pode ser sua ou da sua mãe... minha não é não. Favela, meu amigo, é um amontoado de gente que vive na mais real indignidade, em condições subumanas e dominados pelo medo do traficante que mora ao lado. Quem gosta de favela, meu amigo esquerdista, é só você, que não mora e nem nunca foi lá. É só a "Esquerda Caviar", pra usar um termo de Rodrigo Constantino. Os entusiastas da pobreza alheia.

Eu não sei o que foi que aconteceu com o ser humano. Ficou retardado em massa? Que bosta é essa? "Ai, não pode ter regra, porque tem gente que não gosta de regra! É proibido proibir!" É isso que a gente deseja? A sociedade do bem estar artificial e fictício?

Aí me vem um grupo de pessoas de índole e moral mais do que comprovadamente malévolas, guerrilheiros, assaltantes, sequestradores e homicidas, pra me dizer que descobriram o que é melhor. E que vão criar uma lei tornando o melhor obrigatório! Todo mundo vai viver em paz e harmonia por força de lei! Os méritos estão banidos. O que conta agora são cotas. Assim a gente vai ser justo. Justo com quem a gente quiser!

Mas eu acho que sei porque tantos apoiam esse tipo de coisa. É mais confortável pro boçal, jogar nas costas do Estado a obrigação de amar o semelhante e fazer algo por ele. Não, ninguém quer essa responsabilidade. Esperemos, então, que o Estado o faça por nós. 

As pessoas, hoje, têm tanto amor pela humanidade que não lhes sobra oportunidade de amar o ser humano individual. Rousseau era assim. Ele dizia não conhecer ninguém no mundo, tão bom e tão amante da humanidade quanto ele. E não obstante, abandonou cinco, repito, cinco filhos na porta de orfanatos, na França. Sim, Rousseau, o pai ideológico desses teóricos do mundo melhor feito na marra. 

Assim também foram Stálin, Che Guevara, Mao Tsé Tung, Pol Pot, etc. Eles iniciaram a destruição da humanidade de seu tempo em benefício do homem hipotético de amanhã, que poderia, então, gozar das benesses da tão sonhada sociedade perfeita que eles, os utopistas, tão generosamente construiriam. 

Amigo, um mundo melhor só se constrói com uma sociedade melhor. E uma sociedade melhor só pode ser construída peça por peça. Ou seja, com pessoas melhores. Um de cada vez. É uma questão moral pessoal. Não se cria uma sociedade justa de fora pra dentro. Vou repetir: ela nasce de dentro pra fora.

Se você clama pela justiça social imposta e determinada pela opinião de canalhas imorais, saiba de uma coisa: você não merece o meu respeito porque é moral e intelectualmente desonesto.

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