sábado, 5 de outubro de 2013

O Voto


Acabo de ler um artigo de Reinaldo Azevedo a respeito da rejeição da PEC que visava instituir o voto facultativo no Brasil. Concordo e sempre concordei com tudo o que ele diz. Só não acho que o momento fosse oportuno para aprovação da emenda. Como tive conhecimento da matéria através de um post do meu tio escritor, Jair Duarte Pego, no grupo de discussão: Diário Político da Revolução Cultural no Brasil, do Facebook, fiz, ali, um comentário e com base nele este post que, em suma é a mesma coisa acrescida de algumas reflexões, já que, aqui, conto com espaço livre:

Eu sou terminantemente contra o voto obrigatório, mas acho que este não é o momento de se instituir, no Brasil, o voto facultativo. Nós sabemos que as esquerdas são aparelhadas e todo socialista é militante. Temos, também, muitos bolsistas dos programas assistenciais, cativos pela natureza indolente e preguiçosa, pelo PT. Em contrapartida, os conservadores, passamos por um momento de absurdo desencanto e apatia política que nos levaria, talvez, a, enojados, abdicarmos do processo eleitoral, já que não temos nem teremos, ao que tudo indica, um candidato que nos represente. Os militantes, financiados por recursos públicos através de comissões do congresso, assim como os beneficiários das bolsas do PT, por sua vez, acorreriam, sôfregos, às urnas, com o fim de garantir seu ganha pão. O que teríamos, com isso, seria a perpetuação definitiva do PT e sua gangue no poder.

Há quem diga que nós, os que bradamos contra políticas e estratégias socialistas somos paranoicos. Que acreditamos em histórias da carochinha e teorias da conspiração; que o comunismo acabou. Morreu, com a queda do muro de Berlim. A estes eu explico que o que o que morreu naquela ocasião foi a União Soviética. O comunismo continua vivo, feio e comedor de criancinhas como sempre o foi. Vivo como erva daninha num jardim abandonado. Vivo em Cuba, vivo na Venezuela, vivo na Bolívia, Estados Unidos, França, Argentina e mais vivo ainda no Brasil, onde comanda uma ditadura branca. Onde destruiu toda oposição. Onde dividiu a sociedade em classes excludentes entre si. É preciso abrirmos os olhos. Nem toda ditadura se inicia com um golpe de Estado.

Sim, é verdade que não temos um candidato de direita. A esquerda vencerá de qualquer jeito, no ano que vem, pois está concorrendo consigo mesma. O brasileiro médio ainda não teve plena consciência da gravidade da nossa situação política. Por isso, continuemos com o voto obrigatório por enquanto e façamos um último gesto de protesto: uma imensa quantidade de votos nulos. Assim, ainda que vençam, eles saberão ao menos que sua condição é precária e pode ser revertida no dia em que o resto de nós acordar e fizer a sua parte.

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