segunda-feira, 15 de abril de 2013

Ainda Sobre o Casamento ou Que Diferença Faz?

No post anterior falei dos motivos por que discordo do pretendido "casamento" homossexual. Imaginei que estava claro que não tive a intenção de ofender ou magoar quem quer que seja. Fiz questão de declarar que a intimidade alheia não me interessa. Mas não é porque eu não tenha nada com a intimidade dos outros que deixarei de declarar a minha opinião, ainda que ela seja impopular, quando o assunto, deixando de lado a esfera íntima, pretende alterar os princípios e as leis a que todos estamos submetidos. Estou dizendo isto porque pretendo aqui, explicar, até onde me permitam minhas próprias limitações, os motivos de eu pensar como penso e de ter escrito o que escrevi.

Sempre fui um sujeito curioso. Por muitas vezes, quando criança, desconcertei a minha mãe com perguntas absurdas e com meus infinitos "por quê?". Queria saber os motivos de as coisas serem como são. Mais que isto, queria saber os motivos de elas não serem da forma como não são! Lembro-me de certa vez ter perguntado o motivo de bicicleta se chamar bicicleta. De que me serviria essa informação eu não sei, mas lembro-me que eu achava essa palavra hilária e desengonçada, como tendem a sê-lo todas as palavras terminadas em "eta" e "eca". Mas o fato é que, desde cedo tomei gosto pelas perguntas e, quando não encontrava quem me desse respostas, buscava-as por mim mesmo.

Tudo me intriga. Nada para mim é simples, até porque, como dizia Fernando Sabino, é preciso um esforço danado para fazer com que as coisas pareçam simples. Por isso, desconfio da simplicidade, quando não percebo sob seu confortável arranjo, um complexo mecanismo fundante. Quando vejo uma pintura impressionista, por exemplo, sou absorvido pelos toques de tinta deixados por cada pincelada. E quando certifico-me das pinceladas individuais, sua intensidade, volume e direção dos traços e, em seguida, afasto-me novamente para ver o quadro completo, maravilho-me muito mais, porque aí percebo que tudo conspirava para que aqueles riscos e pontos de tinta resultassem num emaranhado de cores aleatórias. Entretanto, ali está uma paisagem deslumbrante. O quadro, assim, se torna muito mais fantástico. É o mesmo deslumbramento que teve Chesterton ao perceber que o rinoceronte parece um animal que não existe.

Digo isto para explicar que se tenho tais opiniões, elas foram analisadas, pensadas e repensadas. Não apanhei um conjunto de crenças prontas com a intenção de brandi-las contra minorias e desvalidos, até porque este não é o caso. Se creio, hoje, em tudo o que creio é porque cheguei a isto após um processo racional. É porque raciocinei e não apenas porque senti, de forma mística, que deveria ser contra isto ou aquilo. Por isso repito que não tive, com as minhas opiniões, no texto anterior, a intenção de ofender ninguém e nem sequer de condenar as práticas de quem quer que seja. Então, delinearei aqui, ainda que precariamente, os motivos de eu pensar como penso e de ter escrito o que escrevi a respeito do assunto.

Antes de tudo, precisamos determinar sobre que base dialogamos. Cada um de nós tem uma história, um conjunto de princípios e crenças mais ou menos intencionais. Cada um de nós pensa o mundo a partir de uma premissa. De uma visão de mundo. Por isso, precisamos saber de onde estamos partindo se é que desejamos saber para onde vamos. O que não podemos é tomar o ônibus no meio do caminho e decidir daí a que destino ele deve seguir. Não precisamos apenas saber o que pensamos, mas como e por que o pensamos. E aqui direi, primeiro, como eu não penso.

O pensamento da moda é o humanismo materialista e niilista, segundo o qual tudo o que existe é a matéria e não há sentido nas coisas. Os existencialistas disseram que o homem deve construir o seu próprio sentido. Criar sua própria essência. Explico: quando eu decido criar alguma coisa, antes de tudo eu penso essa coisa. Digamos que eu queira inventar um ventilador. Antes de tudo eu penso em um aparelho capaz de produzir vento. Então concebo um motor giratório movimentando uma hélice de três pás em torno de um eixo. Penso numa base que sustente todo o aparelho e parto, agora, para sua construção. Depois de pronto o aparelho, mesmo que ainda não tenha um nome, será reconhecido por todos como um aparelho portátil de produzir vento. Pronto. Aí está a essência do ventilador. O seu motivo de ser.

O grande problema é que alguns filósofos humanistas, a partir de Kierkegaard, decidiram que o homem não tem uma essência. Não foi pensado antes de ser feito e, portanto, não possui um motivo de ser. Daí nossas crises, a partir de então, chamadas de existenciais que, segundo eles, devem ser resolvidas por cada um de nós, criando, nós mesmos, nossa própria essência. Simples assim: você não é nada, não serve pra nada e está no mundo por um mero acaso. Portanto, faça o que te apraz, porque o sentido da sua vida deve ser criado por você mesmo. É você quem decide o que você é e pra quê você serve.

É desnecessário dizer que esta é uma cosmovisão ateia porque não admite uma inteligência criadora. Não admite um projeto nem um projetista. Ela nos abandona ao desespero da própria sorte. E por esse prisma, você não pode, sequer, reclamar das injustiças da vida, já que, sendo assim, tudo é relativo. Até seu sofrimento. Perceba que a própria moral cai por terra, já que, se não há uma essência a ser cumprida, não há forma certa ou errada de se viver. Se não há o centro, também não existem o lado direito e nem o lado esquerdo e, assim, tanto faz a maneira como você vive a vida. Não faz diferença.

Entretanto, eu não acredito no ateísmo. Não acredito porque não faz sentido. Várias teorias tentaram explicar ou justificar o surgimento do universo e, principalmente, do ser humano. A principal e mais aceita delas é, sem sombra de dúvidas, a evolução das espécies pela seleção natural, que no meu entender é a hipótese mais fajuta e absurda já levantada. E há os que a consideram uma teoria científica. Ora, mas científico é aquilo que pode ser demonstrado e reproduzido em laboratório e, assim como a existência de Deus, a evolução não pode ser testada em laboratório. Ela é, portanto, uma hipótese filosófica. E só.

Bem, estamos chegando ao ponto. De uma coisa nós temos certeza. Nós, humanos, existimos. Com todas as nossas peculiaridades e complexidades, macho e fêmea, aqui estamos. E temos o sexo, que é o relacionamento íntimo e genital entre o homem e a mulher. E a reprodução da espécie só é possível por meio dessa relação genital. Perceba que eu não estou dizendo que o sexo só serve para reprodução, assim como nunca o disse e nunca o diria. Estou dizendo, isto sim, que a reprodução só é possível através das genitálias, ou seja, dos órgãos masculino e feminino, ainda que a fertilização ocorra in vitro, uma vez que tanto o óvulo quanto o espermatozoide devem ser colhidos dos sistemas reprodutivos masculino e feminino. Mas o ponto a que quero chegar é o seguinte: se o homem se tornou homem após bilhões de anos de evolução de espécies de vida primitivas, o que por si só já é infinitamente improvável, devemos aceitar que, paralelamente, ocorreu uma evolução simultânea no mesmo ponto geográfico, que culminou com o aparecimento do equivalente ao homem em forma feminina. E ambos já surgiram prontos para procriar! O homem com pênis, testículos, etc. e a mulher com vagina, útero, glândulas mamárias, etc.!

Não, amigo, eu confesso que já tentei, na minha adolescência, quando das minhas leituras de filosofias revoltadinhas, mas não consegui conceber o mundo, o universo e as variadas espécies, bem como a precisão das coisas, sem um ser inteligente e auto-existente capaz de projetar tudo isso. Não, não dá. Eu creio em Deus.

Eu creio em Deus e acredito que ele fez cada coisa com um propósito. Com uma essência. A evolução não precisaria de sexo. Se as formas de vida primitiva podiam se reproduzir de forma assexuada, está claro que este era o modelo menos complexo e, portanto, a evolução não precisava "criar" um ser equivalente e sexualmente oposto para realizar o que ela já havia conseguido de forma tão eficiente. O princípio da entropia nos ensina isso. A evolução não precisava correr o risco de fazer esses dois sexos diferentes surgirem em locais opostos no globo terrestre e, quando enfim, vindo a atingir a maturidade, morressem sem se encontrar no tempo e no espaço, frustrando assim o trabalho de bilhões de anos. A evolução também não precisa de tanta variedade de formas de vida e nem de tanta beleza. Tudo isso sugere um propósito. Tudo isso nos remete a algum ser que quis as coisas belas. Que quis as coisas em ordem. Que quis proporcionar prazer ao ser humano e dotou-lhe da capacidade de alcançar esse prazer. Mas da forma original concebida por Ele. Da forma certa. E se há um modo correto de se viver, a maneira como eu vivo faz, sim, toda diferença. Há uma essência a ser respeitada e um propósito a ser alcançado.

Não quero, aqui, discutir religião. Não quero defender e nem me basear em dogmas religiosos. Pretendo, como já disse, apelar apenas para o bom senso. Eu creio em Deus por motivos racionais e não vem ao caso, aqui, a maneira como eu me relaciono com Ele. Ou seja, a minha fé religiosa. Mas todo aquele que crê em Deus deve crer que Ele seja racional e inteligente, senão, não é Deus.

No post anterior eu falei de casamento e não da prática homossexual. Lógico que fiz referência ao homossexualismo, uma vez que defendo o casamento heterossexual. Entretanto, em momento algum, fiz ataques a ninguém ou a qualquer classe de pessoas. Nem pretendo fazê-lo. Apenas defendi o meu ponto de vista e os princípios nos quais eu acredito e tentei usar apenas argumentos para tanto. Eu creio na essência do ser humano. Eu creio que fomos criados para um propósito e, portanto, não posso admitir que caiba a cada um decidir o que é certo para si. O certo e o errado existem fora de mim e o fato de eu viver errando não prova que o certo não exista. Alguém, entretanto, que discorda, julgou meus argumentos repugnantes, desrespeitosos e intolerantes. Tudo bem, eu preferia conhecer os contra-argumentos, dessa pessoa, mas se ela se enojou tanto assim, a ponto de esconder-se sob o anonimato para apenas adjetivar pejorativamente o meu ponto de vista, eu o aceito e compreendo. Mas o que eu achei engraçado mesmo é que um anônimo, talvez o mesmo, postou, como comentário, o link de um vídeo do youtube que apresenta um "estudo que 'comprova' que homofóbicos podem ser gays enrustidos". Sério? Veja você que poder de argumentação! Que fineza de raciocínio!

A questão aqui é a seguinte: segundo os defensores da supremacia gay, eu é que sou o intolerante! Intolerante e homofóbico. Não porque ataco homossexuais e nem porque os odeie ou porque queira o seu extermínio, mas porque discordo da agenda política criada para separá-los dos demais e desestabilizar a sociedade desde dentro. Sou homofóbico porque tenho minhas convicções e opiniões e as defendo! Este é o maior absurdo que cometo contra os homossexuais! 

Mas amigo, quando você não tem o que dizer contra os argumentos do opositor num debate e, em desespero, não vendo outra saída decide atacar-lhe a pessoa, você pratica uma falácia conhecida como argumento ad hominem. Você sai da esfera intelectual e passa à baixaria. À intriga fuxiqueira. E especificamente aqui, você não faz mais que dar um tiro no próprio pé, pois se você me ataca pejorando-me com o epíteto de gay enrustido, você presta um desserviço à causa que defende, pois está claro que com este xingamento você pretende me ofender e reconhece, portanto, que este é um título ofensivo pela própria natureza.

Mas não tem problema. Isso não me ofende. Sei que esta foi uma reação passional. É possível que esse anônimo seja um homossexual que passa por dramas reais e que realmente não se sinta aceito no meio em que vive. Eu sei que isto acontece muito e desaprovo a acepção de qualquer pessoa que seja. Mas o que eu não aceito é que pessoas que nunca foram capazes de formar um raciocínio um pouco mais complexo por conta própria, que nunca se preocuparam em conhecer o real sentido das coisas, que nunca se preocuparam em saber qual o sentido da moral, considerando-se justíssimas aos próprios olhos e até superiores, "coitadizem" um grupo social e, com o fim de se sentirem muito legais e bonzinhos, aceitem tudo o que eles desejem, pobrezinhos! É como se eles dissessem: "olha, nós vamos aceitar que vocês mudem tudo no nosso ordenamento e na nossa cultura porque vocês são tão esquisitinhos, que ficamos com pena de vocês, coitados! Vocês querem se casar? Então se casem. Homem com homem e mulher com mulher. Vocês querem ir para as ruas, vestidos ridiculamente, para simular cenas de sexo e gritar palavras de ordem contra a religião dos outros em passeatas financiadas pelo dinheiro que deveria estar sendo investido em saúde ou educação? Fiquem à vontade! O país é de vocês." Tá, e depois os hipócritas somos nós, que defendemos uma ordem duradoura!

Esses são os mesmos que se levantam indignados diante de qualquer proposta de recrudescimento penal. São os que defendem o direito de adolescentes praticarem todo tipo de atrocidades amparados pelo ECA. O direito de se praticar o homicídio contra um bebê ainda por vir à luz. São eles também os primeiros a gritarem pelo direito de fumar sua maconha ou cheirar sua cocaína em paz! E não estou falando dos homossexuais, mas dos militantes e defensores desse infame progressismo ideológico. É mera coincidência ou é característica fundamental desse grupo, a indisposição para com qualquer norma de conduta?

Amigo, o país não pertence a nenhuma minoria, seja ela homossexual, "racial", maconheira, sem terra, sem vergonha ou sem seja lá o que for. O país pertence a todos. As leis, não devem ser clientelistas e precisam ordenar um sistema jurídico em seu todo e não segregar um grupo social. Ainda que nossa cultura seja eivada de mazelas escandalosas, existe um ideal a ser alcançado. Pessoas do mesmo sexo não se casam porque elas têm o mesmo sexo, assim como crianças também não se casam porque são crianças. 

E quero deixar claro que eu nunca disse, como vi sugerido em postagens de Facebook, por pessoas de amizade fingida e raciocínio limitado, que o sexo só deve ser praticado com fins procriativos, nem que casais estéreis ou sem filhos sejam amaldiçoados, ou que pessoas assim ou assado devem ter seu direito de casamento banido, nem isso nem aquilo. O que eu quero dizer com o que escrevi aqui é exatamente o que estou dizendo com o que escrevi aqui.

34 comentários:

Fernanda disse...

Fiquei com preguiça de ler tudo, mas quem discorda de você tem o raciocínio limitado? Parabéns! Assinou o atestado da ignorância.

Rafael Lemos disse...

Seja lá quem for que disse que o post anterior era homofóbico, com certeza não leu o post. Num tem nada de homofóbico nele, nenhum ataque a ninguém e sim uma defesa de opinião.

E por falar em evolução, foi baseado nessas mesmas idéias que eu escrevi sobre a minha teoria da regressão:

http://embuscadasabedoria.wordpress.com/2013/01/09/teoria-da-regressao-2/

Se a gente tá evoluindo então eu não quero mais evoluir.

Ricardo disse...

Fernanda, eu não sei porque estou respondendo, já que você nem sequer leu o que eu escrevi. Mas eu não disse que aquelas pessoas têm o raciocínio limitado porque discordam de mim, minha filha! Eu disse que eles têm o raciocínio limitado porque tiraram conclusões completamente erradas do que eu escrevi e atribuíram a mim as conclusões que tiraram de marte, ou do planeta B-612, ou sei lá de onde. Eu não entendo o motivo porque tudo o que envolve esse assunto precisa ser, sempre, tratado de forma ofensiva por vocês. Mas vou te dar uma chance. Mostre-me aí, onde foi que eu disse que quem discorda de mim tem o raciocínio limitado.

Ricardo disse...

Uai, Rafael, você tem Blog? É isso mesmo. É isso que diz o princípio da entropia. Tudo tende a voltar a um estado desordenado e não o contrário. A gente involui e não evolui. E outra: há cristãos evolucionistas que crêem que Deus deu o start e a natureza fez o resto através da evolução, para que o homem atingisse a "imagem de Deus". Agora eu pergunto: Nós já atingimos a imagem de Deus? Paramos de evoluir? Como saberemos em que estágio da evolução estamos, para fins religiosos?

Rafael Lemos disse...

Ah, eu tenho mas a preguiça num me deixa postar mais coisa. Nem esse mesmo da teoria da regressão eu consegui terminar. Aquilo lá era pra ser só a introdução.

Eu nem cheguei na parte que eu queria falar sobre como o homem está ficando cada vez menos inteligente. É só comparar os artistas de antes com os de hoje. Antes tinha Mozart, Beethoven, Carlos Drummond de Andrade, Shakespeare, Michelangelo, Da Vinci. Eu nem consegui pensar em um atual pra comparar...

Isso sem contar os filósofos, cientistas, inventores, navegadores, desbravadores, que, usando só a própria inteligência faziam coisas que a gente hoje não consegue fazer com a mais alta tecnologia.

Mas um dia eu termino pelo menos esse post. Eu acho.

Fernanda disse...

"Eu creio que fomos criados para um propósito e, portanto, não posso admitir que caiba a cada um decidir o que é certo para si. O certo e o errado existem fora de mim e o fato de eu viver errando não prova que o certo não exista."

Sobre o trecho acima:

O único propósito, na sua opinião, é de reproduzir? Já que o ser humano tem um propósito, de acordo com você, não há como admitir que possamos DECIDIR o que é certo para si. Logo, você está me dizendo que o fato de você (hipoteticamente) ESCOLHER viver errado é inadmissível? Mas você é normal porque é heterossexual? Dois pesos duas medidas? Então escolher ser homossexual é errado, mas escolher não casar virgem, fazer sexo quando bem entender, praticar todas as fantasias sexuais que não tenham intenção de reproduzir (como está na Bíblia, já que é por onde vc se baseia) tem menos importância? Um pecado é maior que o outro? Nunca vi uma hierarquia de pecados.

E colocar pessoas que defendem o casamento gay como 'minorias' e que são contra a maioridade penal e a favor do aborto, é realmente, muito inteligente. Tirar conclusões de uma viagem no seu mundo conservador, onde as pessoas deveriam fingir não ser quem são só pra manter a tal "ordem"? Palmas.

Realmente, o mundo já foi mais inteligente...

Ricardo disse...

Fernanda, nós fomos criados com um propósito sim. E também fomos criados com livre arbítrio. Nós escolhemos fazer ou não o que é certo. Mas eu não posso DECIDIR o que é certo. Por exemplo: eu posso decidir se como bolo ou pizza. Mas não posso decidir o que é bolo e o que é pizza. Bolo é um alimento doce, fofo, etc. Pizza é uma espécie de pão sem fermento, coberto de massa de tome, queijo, etc. Ou seja: é lógico que eu escolho a maneira como vivo sim. Mas isso não torna a minha escolha certa só porque é a minha escolha.
Outra coisa que eu não disse: "escolher não casar virgem e fazer sexo como bem entender, realizar fantasias sexuais, etc." Eu não disse isso. A maneira certa de praticar sexo é entre duas pessoas casadas. Ponto final. Mas ele não serve apenas para reprodução. A bíblia não corrobora essa ideia.
E eu não escrevi esses posts pra condenar a conduta de ninguém. O que cada um quer fazer com sua vida, que faça. Eu os escrevi para defender um princípio. O casamento tradicional e suas bases. Só isso. Você não precisa concordar, mas não é por não concordar que você vai procurar chifre em cabeça de cavalo pra me atacar. Seja inteligente e entenda o que lê. Não aja por impulso não. Aja por inteligência.
Outra: dizer que homossexuais e defensores da maconha são minorias não é burrice nem ofensa, filhinha. É apenas dizer que eles são uma parcela menor da população.

Lucas disse...

Meu caro, não posso falar a respeito do primeiro post anônimo do texto passado, porque não foi eu quem o escrevi, apesar de compartilhar da mesma opinião acerca daquele texto. Texto pelo qual, já contra-argumentei o suficiente para aquele momento (e você leu em meu facebook), portanto, não preciso voltar no assunto.
Já em relação ao segundo post, o anonimato foi apenas uma tentativa de não querer entrar em méritos pessoais, tanto meus quanto seus. Mas vejo pelas suas ‘indiretas’ que minha tentativa foi em vão. O vídeo foi apenas para que você, sujeito questionador e curioso, ponderasse (e quem sabe refletisse sobre) suas declarações. Comparar a possibilidade da aquisição do direito do casamento homossexual com a permissividade da pedofilia, uma futura possibilidade de uma relação “vegetossexual” e casamento entre crianças é no mínimo imaturo. Homossexualidade não é doença, ao contrário da pedofilia e outros transtornos sexuais e mentais. Sendo assim sua liberdade de expressão esbarra com o desrespeito, fruto da ignorância (ad hominen, né?). Isso talvez possa refletir um certo incômodo pessoal mascarado pela justificativa da “moral” e dos “valores”. E é isso que aquele vídeo mostra! Não é naturalmente ofensivo o título de ser homossexual, o que é ofensivo é a forma estereotipada do homossexual que se usa para tentar ofender alguém. Promiscuidade e imoralidade existem independentemente da sexualidade. Julgamentos como os que fez sugere a mesma premissa de considerar todo funckeiro e micareteiro que saem em festas fazendo sexo explícito, tirando a roupa e fazendo outros atentados ao pudor como exemplos de heterossexuais, ou julgar como causa de um estuprador ou um maníaco heterossexual a sua sexualidade! Isso é ter pensamento limitado! Quem te escreve é sim um alguém com dramas reais, por ter responsabilidades e uma vida social, familiar e amorosa, como toda pessoa sã os têm e, teme não ser aceito no meio em que vive devido a conjunturas profissionais e sociais como qualquer pessoa que está prestes a se formar também o tem. Ah, e essa pessoa com dramas reais é homossexual também, mas isso passa longe de ser a causa dos problemas anteriores.
Também tenho minha fé, creio em Deus! Deus esse que me fez homem e que me fez ter todas as características que tenho, inclusive em relação à minha sexualidade. Sendo assim acredito que ele tenha um propósito com isso. Não queria entrar em assuntos religiosos, mas se você quer ser radical com tais “valores” e “essências”, é bom levar em consideração que esses mesmo “valores e essências “ predizem como absurdo uma pessoa não casar virgem e ter filhos fora de um casamento. Em êxodo, há um versículo que abomina a prática sexual entre homens, mas também a outros que ABOMINAM quem come carne de porco, mulheres que usam mais de um tecido na mesma vestimenta, homens que fazem a barba e sugere até que a mulher que não se casa virgem seja morta! Bom, pelo visto somos todos abomináveis, né!? E não existe pecado maior ou pecado menor. Aí chega a hora de ponderarmos o fato de que em hebraico-aramaico a palavra abominável traduzida significa “prática que não é comum”. Chega a hora também de ponderarmos que a bíblia já foi traduzida muitas vezes antes de chegar enfim ao português, e que em qualquer tradução há uma perda de sentido (bom, você se diz escritor, então deve ter idéia disso). Além do fato ainda que durante o Feudalismo apenas a Igreja detinha o poder das ‘sagradas escrituras’ e, alguns trechos foram modificados/acrescentados em prol de manter a ‘ordem do sistema’ ( o fato de falar que não se pode questionar autoridades, por elas terem sido escolhidas por Deus, o dízimo etc). Logo, pense bem antes de colocar em pauta tais valores.
...

Lucas disse...

...

Mas claro, não é porque o fato de você não seguir todos os valores em questão que o “certo” não existe, né? Meu caro se você acha errado ou não aprova o casamento homossexual, basta você não se casar com um homem! Muito simples isso. O seu direito não deve interferir no meu e vice-versa. Até porque a homossexualidade sempre existiu, existe e sempre existirá. Não vai ser a permissividade do casamento de pessoas do mesmo gênero que vai mudar a sexualidade das pessoas e aumentar a quantidade de homossexuais no mundo. Até porquê pessoas que tem essa capacidade de mudar o interesse sexual são consideradas bissexuais. Eu não escolhi nem consigo mudar minha sexualidade, se você considera a possibilidade de escolha e mudança, talvez seja você quem esteja passando “por dramas reais” e ”medo de ser aceito no meio em que vive”.
Bom já deu pra perceber que em momento algum há “coitadições” em meus argumentos, né? Se há pessoas que o fazem, isso não me compete agora. A “coitadição” existe, também, independente do fato de existirem grupos minoritários. Há pessoas que se fazem de coitados, inclusive para tentarem explicar argumentos mal elaborados expressos em um veículo de informação público, que é a internet!
O país com certeza não pertence a uma minoria, mas essa minoria também faz parte desse país. Ela representa uma parcela da população e como tal, seus direitos devem ser garantidos.

Bom, em geral, tenho preguiça de contra-argumentar pessoas que não valham a pena fazê-lo. Mas já que foi solicitado, aqui está apenas alguns dos meus argumentos. Os outros não vêm ao caso agora. Como um sujeito curioso e questionador espero que você ponha em prática tanta curiosidade e questionamento, mas não a partir de expressão de opiniões ofensivas e “achismos”, mas sim a partir de pesquisas, leituras e conhecimento de mundo
No mais, seja feliz, meu caro!!

P.S.: Cuidado ao falar da teoria evolucionista de Darwin e da teoria do Big Bang sem conhecimento de causa, ok? Existem grandes evidências e experimentos laboratoriais, que simulando uma atmosfera primitiva terrestre foi capaz de comprovar algumas hipóteses. E como você mesmo sugeriu, o contra-argumento sugere um embasamento sólido. Não devemos viver de “achismos”!

Geisttageszeitung disse...

Ricardo, antes de tudo é bom parabenizá-lo, pois nunca tinha visto alguém escrever de modo tão belo e com português tão perfeito sobre uma opinião tão antiquada, incoerente e INJUSTA.
(A Teoria da Evolução é demonstrável, sim! Aliás, é verificada a toda a hora quando um doente por infecção bacteriana toma o antibiótico de modo errado: as bactérias evoluem, adquirem resistência, a doença piora, o antibiótico tem que ser mudado... Entre várias outras INFINITAS situações corriqueiras ou não em que a evolução da vida é perfeitamente verificável.)
Mas a questão principal é: GAYS JÁ SE CASAM, e há MUITO tempo!... Muitos moram juntos, contituem uma bela vida juntos, se amam e não fazem mal a ninguém. Se o (único) propósito do sexo é a reprodução ou não (e, certamente, na espécie humana, como em muitas outras, não é), já está claro que não é assunto do Estado. Até onde eu sei, a decisão de se reproduzir ou não só cabe ao indivíduo: ele é plenamente livre para decidir se quer ter um, dois, três ou zero filhos. Nunca vi alguém ser obrigado a ter filhos, nem no Brasil nem em nenhum outro país que visitei. O casamento civil não tem essa finalidade; mas, apenas, garantir ao casal alguns direitos (sobre herança, propriedade, pensão etc) que quase todo o resto da população tem. Direitos, aliás, dignos de cada ser humano, em sociedade, que ama seu parceiro, que divide com ele tempo, vida, patrimônio, amigos e família. Tenha sempre em mente uma coisa: homossexuais são e sempre vão ser MINORIA em qualquer população; não se importe tanto com eles! Deixe-os casarem e serem felizes juntos... Nenhum deles vai te fazer mal por isso, eu prometo. Aliás, dentro do meu (quase fanático) cristianismo, Deus prefere qualquer forma de amor a qualquer forma de ódio. Lutar contra um amor inofensivo certamente não é o que Deus quer, independente se homens escrevem o contrário em livros a que chamam de "Bíblia" etc etc. Relax!

Geisttageszeitung disse...

(o comentário aí em cima foi escrito por mim, Diego, diego2174@hotmail.com... Essa conta é de um extinto blog meu, não consigo acessar com outra conta, enfim)

Augusto disse...

Muito do que penso já foi dito, porém só gostaria de salientar um ponto que é recorrentemente motivo de confusão. Religiosidade e ética podem ser suplementares, porém não são sinônimos. Ser ateu não implica em ser imoral e anti-ético, pelo amor de deus, e você, uma pessoa culta, pelo que pude constatar por suas citações, não terá dificuldades em perceber isso. Ateus e existencialistas apenas têm uma maneira de enxergar o mundo distinta da sua. Talvez o que esteja faltando seja um pouco mais de vivência de mundo, sair da zona de conforto...

Renata disse...

Pelo amor de Deus, digo eu. Quem está levando pro lado pessoal e interpretando de maneira ofensiva e errônea são vocês. Ninguém aqui tem a intensão de julgar escolha sexual ou estilo de vida de ninguém não. O problema todo, é que se alguém tem opinião oposta, aí já vira ofensa, homofobia e por aí vai. Porque tanta intolerância a uma divergência de opinião sobre um assunto, que a princípio, era só uma não aprovação do casamento gay. Da mesma forma que quem é a favor tem o direito de reivindicar e lutar por esse direito, quem é contra, também tem o direito de se expressar e é só isso!!!

Emanuel disse...

a pessoa que escreveu o comentário acima possivelmente não deve nem ter lido o texto nem os comentários pra falar o que tá falando. Tem alguém aqui falando de homofobia e ofendendo alguém? Tem gente que viaja mesmo!

Lucas disse...

Quando os homossexuais tentam se expressar acerca de uma opinião conservadora e irreal, o que acontece?

Muito bem Renata. Boa reflexão!!! Agora a pratique.
Ah, acho que vc nem teve ter lido/entendido mesmo o que foi falado para continuar falando "escolha sexual", além de que o assunto não é homofobia, ok? hehe

Renata disse...

Depois dessa, Ricardo, definitivamente, eu desisto!

Jader disse...

"Fernanda, nós fomos criados com um propósito sim. E também fomos criados com livre arbítrio."

Nesse trecho já temos um argumento essencialmente religioso, o de que teríamos sido "criados". É um argumento AFIRMADO com um concludente SIM, "sim" esse colocado com o intuito de reforço. Já se prevê o conteúdo inteiro do discurso a partir desse pequeno trecho.


"Nós escolhemos fazer ou não o que é certo. Mas eu não posso DECIDIR o que é certo. Por exemplo: eu posso decidir se como bolo ou pizza. Mas não posso decidir o que é bolo e o que é pizza."

O bolo e a pizza sempre existiram ou foram criações humanas? Alguém decidiu chamá-los "bolo" e "pizza" ou existe alguma essência anterior a tudo e todos que os chamou dessa maneira? Novamente, um discurso religioso deísta e criacionista.


"Ou seja: é lógico que eu escolho a maneira como vivo sim. Mas isso não torna a minha escolha certa só porque é a minha escolha."

Quem torna a escolha certa então? Segundo você, Deus. Mas você pode afirmar isso categoricamente? Foi o próprio Deus ou foram homens, assim como nós, que tornou essa escolha certa? E, se foi Deus, você estava com Ele pra comprovar?

Ricardo disse...

Para o Jader: No meu primeiro post eu não fiz qualquer referência a religião. O assunto foi levantado no segundo, como resposta a comentários feitos, e nele eu realmente disse que CREIO em Deus na criação e assumo isto. Eu informei expressamente que falo a partir dessa premissa. Portanto, é lógico que quem crê numa evolução ao acaso, não aceitará aqueles argumentos. Sou EU quem creio e eu estou falando da MINHA opinião.

Ricardo disse...

Para Emanuel: Eu fui acusado de homofóbico e de gay enrustido sim, simplesmente porque emiti a minha opinião sobre o casamento e não sobre a prática homossexual e nem sobre pessoas homossexuais. Depois fui chamado de burro. Mas... você não deve ter lido.

Ricardo disse...

Para Augusto: Eu não disse que ser ateu significa ser anti ético ou imoral. Eu disse que se a pessoa não acredita num propósito, ela realmente não vê problemas em em viver assim ou assado. Agora, esse raciocínio, se levado ao extremo, acaba levando, sim, ao abandono da moral, já que não há um "bem" exterior a ser alcançado ou obedecido.

Ricardo disse...

Para Geisttageszeitung: Primeiro sobre as bactérias: Isso que você citou não é evolução e nem seleção natural. Isso é diversificação de baixo nível e ocorre em todos os seres vivos. Ela não acrescenta e nem sequer altera a informação genética da bactéria. A bactéria continua bactéria. Darwin se baseou nela para compor a sua Evolução das Espécies.
Eu sei que gays já "se casam" há muito tempo. Entretanto, o casamento, antes de ser um conceito legal, é um conceito religioso. A lei passou a reconhecê-lo, assegurá-lo e protegê-lo. Entretanto, se eu estou discutindo com pessoas para quem a cultura judaico-cristã não representa nada, eu não preciso argumentar, porque serão palavras ao vento.
E peço um pouco de respeito. Eu declarei a minha opinião sobre o casamento. Uma instituição. Não tenho e nunca tive nada contra pessoas homossexuais. Não baixe o nível da discussão com ironiazinhas, dizendo que os gays não me farão mal, etc. Esse tipo de coisa é que acaba gerando má vontade de parte a parte, acabando com a possibilidade de diálogo.

Rafael Lemos disse...

E é assim que é. Basta defender os princípios Bíblicos e Cristãos que você é atacado por todos os lados. Esse é o apedrejamento nos dias de hoje.

Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.
1 Coríntios 6:10

Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
Mateus 5:10

Diego disse...

As bactérias sofrem seleção SIM, as mais resistentes sobrevivem e sua população cresce, prevalecendo sobre as sensíveis ao medicamento; a população (e não o indivíduo) de bactérias sofre alterações no material genético SIM; as fracas morrem, as fortes vivem. Aliás, bactérias, vírus, animais etc. Por isso sempre surgem gripes novas (aviária, suína etc), resultados de seleção.
A história judaico-cristã me interessa sim, e muito. Só que, na nossa Constituição, estabeleceu-se o Estado laico e as decisões devem ser tomadas sobre critérios RACIONAIS e CIENTÍFICOS. Como você mesmo praticamente confessa não conseguir afastar sua 'racionalidade' da religião, realmente essa discussão não faz sentido. Se sua religião não permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo, é simples: NÃO SE CASE COM UMA PESSOA DO MESMO SEXO! Assim como os muçulmanos não comem carne de porco... e a Constituição garante a eles esse direito, visto que não faz mal a ninguém, não fere a liberdade de ninguém. Nenhuma discussão de blog, nenhuma enquete da Globo etc poderá impedir a eles que sigam pacificamente suas crenças.
Você diz que eu não posso decidir o que é certo ou errado na minha vida... VOCÊ pode decidir isso por mim!?!?!? (você não é mais íntimo de Deus do que eu, meu caro..)
E outra coisa. Somos sempre julgados, o tempo inteiro. Devemos isso a nossa exposição à sociedade, o que fazemos e o que dizemos (inclusive, diga-se de passagem, em um veículo de comunicação público). Você julga gays; eu julgo você. Acho sim que você se preocupa demais negativamente com um assunto que não é da sua conta (ou é?), e você ajuda a fazer mal a muitas pessoas. Siga suas convicções em paz, desejo-lhe sucesso na sua jornada espiritual... Mas deixe-nos seguir as nossas também, e deixe que o Estado garanta tanto a SUA liberdade quanto a MINHA, ok? Obrigado!

FILIPE MESQUITA disse...

Ricardo, você passaria menos vergonha se não comentasse sobre assuntos do qual não tem conhecimento. A EVOLUÇÃO pela qual as bactérias passam quando adquirem resistência significam SIM mudança do DNA bacteriano e isso acontece por diversos mecanismos que não vale a pena elucidar já que você provavelmente não é da área (e se for está precisando estudar mais) sobre a qual está emitindo uma opinião. Ela continuar sendo uma bactéria nada tem a ver com ser A MESMA bactéria. Quanto ao casamento antes de ser um conceito legal, ser um conceito religioso e por isso dever ser respeitado como tal... você tem noção do tamanho da asneira que está dizendo? (Ahhh!! Não estou te chamando de asno, estou chamando a sua prática/atitude de asneira. É diferente!) Ainda que o casamento antes só existisse como instituição religiosa, quando o estado passou a reconhecer a "união entre duas pessoas" e denominou-a de casamento, religião nenhuma foi convocada para opinar sobre o assunto. Simplesmente por ser um assunto CIVIL. O fato do casamento CIVIL ter o nome de CASAMENTO CIVIL é simplesmente por não haver necessidade de denominar a mesma coisa (neste caso, a união de duas pessoas) de nomes diferentes daqueles já conhecido pela população. Isso não que dizer ABSOLUTAMENTE que o conceito de um seja o mesmo conceito do outro. E isso é um erro básico!! Casamento religioso não vale como casamento civil e casamento civil não vale como casamento religioso. Se você se casou no religioso e não oficializou no civil para um juiz, ou seja, para o Estado o que você tem é uma união estável. PONTO! Isso é de conhecimento de todos. O casamento civil para gays em nada vai alterar o casamento religioso. Simplesmente porque gay nenhum está reivindicando nada para igreja nenhuma e simplesmente porque uma coisa não tem NADA a ver com a outra!! Percebe a fragilidade dos seus argumentos agora e o motivo da intolerância das pessoas com os argumentos "religiosos" de outras? A revolta é simplesmente porque o assunto aqui definitivamente não é religião. Logo, não cabe colocá-la no meio. O problema é que aparentemente os religiosos querem que suas vontades religiosas sejam impostas também pelo ESTADO. Não se contentam em deixá-las dentro de suas igrejas ou pelo menos separá-las minimamente do contexto social em que estão inseridos.

Ricardo disse...

Para Lucas: Em primeiro lugar, minhas indiretas não foram pra você. Foram para vocês, porque eu vi aqueles comentários por acaso e, só depois que vi os posts anônimos e ofensivos, foi que fiquei chateado e me senti como se vocês estivessem falando pelas minhas costas. E eu não sou e nunca fui inimigo de ninguém ali. Eu nunca fui contra homossexuais. Por motivos que pra mim são evidentes, e não só religiosos, acho a prática antinatural, mas isto é problema de cada um. Você, por exemplo, eu achava um cara espetacular de gente fina. Pessoa extremamente educada e agradável. Não vejo nada condenável em você ou em amigos homossexuais que tenho. Por isso eu repito: eu não sou contra homossexuais. Mas sou terminantemente contra a militância homossexual. Esta que quer lançar kit-gay nas escolas, aprovar o PLC 122, que distorce os fatos e diz que há um extermínio de homossexuais no Brasil, etc. Eu sou contra isso e sempre o serei.
Eu também não relacionei a pedofilia à homossexualidade, como você faz parecer. O que eu fiz foi dizer que se o casamento se tornar uma instituição completamente aberta, sem suas bases que eu acredito serem necessárias, ele passará a abarcar tudo o que se quiser chamar de casamento. Inclusive entre crianças, pessoas e animais e por aí a fora. Está evidente que isto foi uma ideia levada ao extremo do absurdo, de forma hiperbólica.
Não diga que eu estou mascarando nada sob a justificativa da moral e dos valores. Não ocorre na sua cabeça que eu posso simplesmente ter a minha opinião e que ela pode, simplesmente ser diferente da sua?
O que eu disse sobre a marcha do orgulho gay, e aquelas cenas ridículas, etc., se aplica à militância gay. Não às pessoas sérias.
Por favor, Lucas, Eu não fiz, não faço e nem faria, nenhuma relação entre crimes sexuais e homossexualismo!
Eu não vou falar de religião, se não partimos do mesmo pressuposto. Só digo que a Bíblia foi traduzida por João Ferreira de Almeida direto do Hebraico, Grego e Aramaico para o Português. E ela é o livro mais autenticado por cópias antigas do mundo, com mais de 24.000 cópias antigas de manuscritos completos e parciais do novo testamento, além de algo em torno de 86.000 citações antigas de textos da bíblia. O segundo livro mais autenticado é a Ilíada de Homero, com 643 manuscritos antigos. Eu creio na bíblia sim, mas discussão não é esta. Eu continuo não concordando com o casamento homossexual. Não citei a bíblia em nenhum momento. Disse apenas que creio em Deus e acho que se ele criou o homem e a mulher capazes de se completar sexualmente, este deve ser o propósito dEle. Não precisamos entrar na esfera religiosa, porque isso será infrutífero, já que você não sabe sequer como eu pratico religião.
Lucas, o que eu disse sobre a "coitadização", foi das pessoas que defendem a causa com o interesse de se sentirem boazinhas simplesmente por estarem defendendo uma minoria, sem sequer pensar a respeito e desconsiderando qualquer bom senso alheio. Eu não disse que você faz isto.
O problema é que vocês vêem a coisa da seguinte maneira: "existem duas maneiras de ver este assunto: a dos animais burros e intolerantes que têm ódio de mim e que está errada... e a minha"! Simples, assim.
Mas não se trata disso, Lucas, e acho que não há nada que eu diga aqui que vai te fazer entender, porque eu acho que você nem quer entender.

Ricardo disse...

E, velho, quem é que te disse que eu não tenho conhecimento de causa com respeito a evolução e big bang? Pro seu governo, Criação x Evolução é um dos assuntos que mais me fascina e um daqueles sobre os quais eu mais leio. Por isso reafirmo: Teoria da evolução não é ciência. É uma hipótese filosófica não testável. Assim como a existência de Deus.
Eu gostaria de encerrar reafirmando que em nenhum momento eu quis te atingir com nada do que eu disse, nem antes e nem depois de ver o seu Facebook, mas continuo tendo a minha opinião. Continuo achando você um cara bacana. Mas reservo-me o direito de discordar de você quanto ao casamento, embora eu não tenha nada que ver com a sua conduta sexual, que não te torna nem melhor e nem pior do que ninguém. Não vamos misturar as coisas.

Abraços.

Ricardo disse...

Filipe e Diego, por favor, não digam besteira! Resistência a antibióticos acrescenta informação ao DNA! E não avisaram isso ao Dr. Francis Collins, diretor do progeto Genoma, por exemplo!

FILIPE MESQUITA disse...

Ricardo, querido, não diga besteira. Quando você acrescente algo a qualquer coisa, esta coisa já não é mais o que era anteriormente. Básico, não?

FILIPE MESQUITA disse...

acrescenta*

FILIPE MESQUITA disse...

Principalmente quando estamos falando de genética... um exemplo básico: já ouviu falar em trissomia do 21? Então... continua sendo um ser-humano, mas há MUITA diferença em ter um cromossomo a mais no lugar errado.

Anônimo disse...

Penso que vários colegas aqui já me contemplaram com suas palavras. Mas preciso reforçar certos pontos.
Primeiro, a história das bactérias me deixou mais assustado do que a polêmica do casamento. Não vou nem entrar no mérito da questão, pq já foi exaustivamente explicada.
Segundo, existe diferenças legais entre casamento e união civil. Os religiosos "xiitas" não repcisam se preocupar que a grande maioria dos homossexuais não querem casar dentro dos templos. A legalização do casamento permite diversos direitos que o casal poderá gozar em conjunto, ou mesmo se ocorrer uma fatalidade com algum dos cônjuges. Uma questão, se vc se casar com uma mulher, oq isso afeta a minha vida? Em nada, penso. Se dois homens ou duas mulheres querem se casar, o q isso afeta sua vida? em nada também, porque não aliena seus direitos, não interefere na sua vida, muito menos te obriga a casar com alguém do mesmo gênero que vc.
Essa falácia que os reacionários conservadores gritam sobre ditadura gay é uma cópia do mesmo escândalo que fizeram quando as mulheres queriam se emancipar e adquirir direitos iguais aos dos homens. Inclusive já vi propagandas defamatórias da época colocando amulher com roupas de homem e homem com saia e dando de mamar para uam criança. A estrutra do discurso do "status quo" reacionário é igual em todas as épocas. Todo grupo hegemônico, de forma perversa e carregada de desonestidade intelectual subverte o ativismo das minorias ansiosas por direitos e equidades em ditadores e fascistas. Por favor, eu já percebi que vc é uam pessoa inteligente o suficiente para saber que isso é um absurdo.
Quanto a vc se sentir ofendido por não pdoer expor uma idéia contrária aos que os militantes, ativistas e minorias lutam. Então, quando todos nós colocamos uam opinião em espaço público, primeiro, devemos ter consciência de que ela pode ser criticada e devemos aceitar isso; segundo, acho utópico esperar que a sociedade como um todo vai aceitar conviver com os diferente sem preconceitos. O q devemos fazer portanto, é evitar reforçar o esteriótipo. exemplo disso, quando falo de loira, em uma piada, logo vem a mente de todos "gostosa e burra". Cabe a nós saber que isso pode ofender o outro, mas claro q eu não vou mudar como a sociedade pensa, mas posso contribuir evitando reforçar essa idéia. O seu texto ele é criticado por reforçar um preconceito, como já foi argumentado e da mesma forma q seus argumentos foram desarmados, continuar insistindo num discurso "ad nauseam" só reforça uam falácia e não contribui em nada.
Então meu caro, vc pode ter idéias contrárias, se vc não gosta de ser criticado e ser chamado de reacionário ou homofóbico, não as expresse. isso não signfica que vc não pdeo se expressar, mas saiba que a toda ação tem uam reação contrária.

Unknown disse...

Ricardo, tá de parabéns! Os textos são ótimos.
Mas é isso... o que as pessoas fazem é uma leitura seletiva da Bíblia, devemos "amar o próximo" ta escrito na bíblia sim, mas só leem essa parte, né?! Tb ta escrito que não se pode servir a dois senhores ao mesmo tempo (Mateus 6:24).
Só usam os trechos que convém...
Continue a postar!

nathi disse...

Lorena, você também usa os trechos que lhe convém, rs. TODOS que decidem seguir a Bíblia usam e seguem aquilo que querem seguir. Até pelo fato de que na própria Bíblia, dependendo de sua interpretação, possui trechos contraditórios. Se pra você, condenar seja quem for pela orientação sexual é o trecho que você escolhe seguir, tem gente que escolhe "amar ao próximo". Justo, não? E viva a liberdade de escolha!

Ricardo disse...

É exatamente isso aí, Lorena. Nessas horas, pra acusar e atacar, quem nunca leu a bíblia, nunca a abriu, talvez, vira expert no assunto! Mas vamos encerrar o assunto porque a coisa já tá descambando pra outro lado. Tudo o que eu disse aqui ainda é o que eu tenho a dizer. E não é a bíblia que me faz pensar assim. É o bom senso e tudo o que eu observo no mundo.