sexta-feira, 15 de maio de 2009

Entrelinhas Entre Nós

É comum as pessoas dizerem que sua vida “é um livro aberto”. A minha também é. Conforme vivemos, escrevemos, dia a dia, uma página a mais. Aliás, há pessoas que escrevem uma página por dia, outras escrevem várias páginas e outras há que levam dias para terminar um parágrafo que seja mas, de fato, escrevemos um pouco a cada dia. E nossas vidas estão aí, com as páginas abertas diante de todos. É impossível viver em segredo.
E se a nossa vida é um livro aberto, por quê existe tanto mistério nas pessoas? Por quê tantos atos indecifráveis? Ora, se viver é escrever o livro da nossa vida, só há uma explicação para isso: ou não sabemos ler ou alguns vivem com uma péssima caligrafia.
Há pessoas que lêem e não entendem nada do que o outro quis dizer, no patéitico de sua vida diária. É porque os que lêem não sabem ler as entrelinhas. Sim, as entrelinhas de nossas vidas são o que mais dizem de nós. O que não está dito é o que mais se quer dizer.
Gosto de ler. Gosto de tentar decifrar garranchos. Decifrar o que está apenas sugerido. Acho que é uma característica de família.
Sim, somos uma família que lê. Mal conhecemos uma pessoa e passamos a decifrá-la, escarafunchá-la, desvendá-la. Imaginamos comparações e combinações possíveis. Se não gostamos, simplesmente não gostamos. Somos leitores, portanto. Então não queira viver, entre nós, com segredos ou com intenções encobertas porque nós, da nossa família, Lemos.

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