segunda-feira, 9 de julho de 2012

Cotas Raciais

No post anterior eu disse algo a respeito da segregação tornada possível pelas teorias desumanizadoras, das quais é exemplo mais marcante a hipótese evolucionista de Darwin. Mencionei mas não desenvolvi o assunto. Queria, naquele post, dizer uma coisa e acabei dizendo outra, mas, vá lá, ainda há tempo.

A teoria da evolução foi largamente utilizada pelos europeus, em especial pelos ingleses, na escandalosa fraude do Homem de Piltdown, como argumento de que a raça negra é biologicamente inferior ao branco europeu e, em consequência, inferior, também, social e intelectualmente. Era a desculpa "científica" para a exploração do negro. Era a justificativa para a corrida imperialista do século XIX. Os negros, segundo Darwin, estavam fadados, pelo processo de seleção natural, à extinção. O resto é História.

O resto é história e a história mostra que Darwin estava errado. Redonda, quadrada e triangularmente errado. Mais uma vez, aliás. Os negros não só não foram extintos como são maioria no Brasil desde 2010, segundo o IBGE. Não é preciso lembrar que a África é um continente imenso com maioria inquestionável de negros. Ah, e tem os bilhões de indianos também que, segundo o evolucionismo, não são, também, dos mais evoluídos. Vamos comparar esses números com o número de Arianos? De europeus de olhos azuis? É até covardia, né?

Independente de qualquer argumento pró ou contra a hipótese darwiniana, o que me parece é que o ser humano, em sua escalada evolutiva, deve ter chegado ao seu ponto máximo. Atingiu seu ápice e agora desce, desabaladamente, ladeira abaixo. O homem regride. Não tenho a menor dúvida da regressão social, política, intelectual, cultural e, principalmente moral, do ser humano.

Houve muitos, na história da humanidade que anunciaram a morte de Deus ou da religião. Voltaire, Marx, Nietzsche, etc, etc, etc. Entretanto, a religião só faz crescer! Quanto mais o homem se afunda na lama da existência, mais o vazio em seu peito clama por Deus. Mais necessidade ele tem de uma resposta significativa, de um por quê e de um pra quê que nenhuma teoria ou "ciência" consegue suprir. Ainda assim, ninguém teve a coragem de anunciar a "morte" de Darwin! Ninguém teve a honestidade intelectual e moral de reconhecer que, de fato, tudo não passou de uma vergonhosa mentira.

Mas não é especificamente disso que eu quero falar. O que eu quero dizer é o seguinte: quando analisamos o ser humano, percebemos que não há diferenças. Somos pessoas e pronto. Cada um com suas peculiaridades culturais, territoriais, etc, mas todos, no fim das contas, com os mesmos medos, anseios, capacidades e necessidades. Uns mais habituados a certas tarefas e artes, outros mais habituados a isso ou àquilo e por aí vai.

Quando penso nessa decrepitude moral do homem, sinto saudade. Sabe aquela saudade de uma coisa que você não viveu e nem conheceu pessoalmente? Pois é. Eu tenho saudades dos heróis. Não digo os heróis de histórias em quadrinhos. Esses são patéticos. Digo heróis como Lincoln, Churchil, o rei Davi, Henrique V, Moisés, etc. Estão extintos. Não existem mais homens de fibra. Não existem porque não são mais necessários. E não são necessários porque não há mais, neste mundo, lugar para indivíduos. Há espaço apenas para o coletivismo sem rosto, sem coragem e sem vergonha na cara. Aliás, se o coletivo não tem cara, não é de se espantar que não tenha vergonha. E assim, os protagonistas da história passaram a ser raças e não seres humanos. Os protagonistas são, como convém à perversa mentalidade socialista, as classes.

Está aí um projeto de lei ridiculamente denominado Estatuto da Igualdade Racial: Inclusão da Nação Negra. Bom, já se nota que a igualdade racial, no entendimento desses bocós, dos quais o senador Paulo Paim, do PT, é porta voz, não é um fenômeno natural, mas uma concessão determinada por um estatuto. E mais: o povo negro, esteja onde estiver é, por si só, uma nação. Não está afeto a um território, a uma cultura, a uma identidade social. O povo negro não é parte, por exemplo, da nação brasileira. Eles são, simplesmente, a nação negra.

Pois é. Essa aberração propõe que 20% das vagas no mercado de trabalho, nas universidades e no serviço público deva ser destinada aos negros. São as tais cotas raciais. A pessoa que se declarar negra poderá ocupar uma dessas vagas pelo único e indiscutível mérito de... ser negro! Mas, se pensarmos bem, isso é coerente com o sistema de valores do PT. Lula é o ícone máximo disso. É o maior exemplo de que qualquer um pode subir na vida e vangloriar-se de seu maior mérito: o fato de ter subido na vida sem mérito algum. Pois é isso. Os que se reconhecerem como "classe desfavorecida" terão o direito a 20% das vagas oferecidas em escolas e no mercado de trabalho. O resto das vagas serão disputadas pelos demais negros, brancos, índios, mulatos, asiáticos, esquimós, marcianos e quantos mais houver.

Sim, senhores, a segregação está institucionalizada. Negros são, agora, um povo à parte. Foram definitivamente excluídos pela idiotice oficial. Mais uma das pérolas de sabedoria social do PT.

Eu não creio que os negros necessitem ou queiram as esmolas desses pretensiosos proprietários da justiça social. Os negros, como qualquer outra "classe", são capazes, embora os politicamente corretos teimem em negá-lo. Essas odiosas ideologias se julgam as igualadoras dos direitos. Mas isso não é direito, isso é privilégio. Ninguém precisa de privilégio quando as capacidades são equivalentes. Por que os senhores politicamente corretos, não assumem de uma vez, portanto, que consideram os negros uma raça inferior? Lima Barreto, Machado de Assis, Cruz e Souza, Pelé, José do Patrocínio, são apenas alguns dos maiores brasileiros de todos os tempos. Indiscutivelmente. E são negros. Nenhum deles nunca precisou dessa benfazeja discriminação do Estado. Aliás, a partir de agora eles não são mais grandes brasileiros. São grandes negros, porque aos negros foi negado o direito de serem brasileiros, ou americanos, ou australianos ou seja lá o que for. Eles são, agora, afro-descendentes. Não pertencem a um povo. Pertencem a uma abstração ideológica, sem território, sem cultura, sem nada. Mas não tem problema, eles têm um Estatuto de Igualdade Racial.

Eu não vejo uma nação como uma reunião de diversas coletividades. Negros, brancos, mulheres, asiáticos, homens, jogadores de peteca, com cada um no seu quadrado. Não. Uma nação é a reunião de indivíduos sobre o mesmo chão, sob o mesmo céu e sob as mesmas esperanças. Mas querem nos convencer de que somos maus burgueses egoístas. Querem nos convencer, na marra, de que somos racistas. De que somos hipócritas, acima de tudo, porque não queremos aceitar a nossa necessária e inegável discriminação.

Por que, pergunto eu, separamos a raça negra, reconhecendo-lhe privilégios e discriminando a forma de atuarem no cenário social e consideramos tão animalesca a atitude de Hitler que não fez mais do que fazer a mesma coisa com a raça Ariana? Isso sim é hipocrisia. Desde que uma raça é separada do resto da sociedade, recebendo direitos e privilégios específicos, todas as outras "raças" devem receber o mesmo direito. Não poderemos, a partir desse precedente, negar direitos exclusivistas aos neo-nazistas, com suas idiossincrasias perversas, por exemplo.

O grande problema percebido quando da aplicação de uma política de cotas, não é a diminuição de vagas universitárias a serem disputadas pelos demais brasileiros. Isso não é nada, já que as universidades brasileiras não passam de um engodo sem vergonha. Não ensinam nada e não têm o menor compromisso com a verdade científica ou moral. São apenas um mecanismo utilizado para desconstruir a estabilidade social e institucional da nação brasileira. Nossas universidades são um reduto da propaganda marxista pela via gramsciana. São o quartel general dos revolucionários continuadores da revolução social.

O grande problema é que quando políticas desse tipo recebem acolhida tão ingenuamente crédula das pessoas de boa fé, percebemos que a sociedade já atingiu uma anomia, talvez, irreversível. Já não pensa. Já não se pensa. Já perdeu os valores que a moviam em busca do bem geral. Já abandonou as próprias verdades e entregou-se à servil e cômoda condição de rebanho, tangido ao sabor da ideologia do momento. E assim, caímos num círculo vicioso. Se não há mais noção da diferença entre perversões e valores, não haverá indivíduos que possam defendê-los. Sem indivíduos pensantes, não haverá quem tenha percepção moral a ponto de levantar a bandeira do bem, qual paladino dos valores e verdades universais. 

A própria palavra verdade, aliás, adquiriu, na mente desses zumbis formadores da sociedade atual, um tom petulante de elitismo hipócrita no cenário politicamente correto que nos envolve. Tudo, hoje em dia, é relativo. O bem não importa. O mal muito menos. O que importa é a síntese surgida do confronto dialético-hegeliano entre opiniões. E as opiniões reinantes são inofensivas. Estão todas inseridas no mesmo cabedal ideológico pervertido. 

Gostaria de crer que um futuro melhor nos aguarda. Deveríamos pensar assim, caso pudéssemos crer na teoria evolucionista. Mas, como disse Ângelo Monteiro, Darwin se surpreenderia ao perceber que, hoje, o homem parece "evoluir" em direção ao macaco. 

Se não me desespero com tal constatação, entretanto, é porque sei que essa é a tendência natural do ser humano. Criados à imagem e semelhança de um Deus perfeito, regrediremos cada vez mais à medida que nos afastamos dAquela origem. Afastados dO Bem, só podemos "evoluir" na prática do mal. Nada poderia ser mais coerente. Se o mal nos denigre é porque havia algum resquício daquele bem em nós. E o bem não é um simples princípio nem uma força. É uma pessoa. Um Deus pessoal. E só há redenção possível na medida em que nos voltarmos aos princípios estabelecidos por esse Deus.

Um comentário:

Helio Bandeira disse...

cotas=esquerdopatias.