Sabe aquela história do efeito borboleta: Se uma borboleta bate as asas num extremo do globo terrestre, pode desencadear uma reação que, semanas mais tarde, poderia causar uma tormenta do outro lado do mundo? É a base da Teoria do Caos. Por isso, qualquer determinismo é impossível.
Tudo bem. Para a Física está tudo muito bom, tudo muito certo. Muito interessante. Mas por quê isso não fica só nos terrenos da Física? Por quê é que isso tem que invadir a nossa vida? Esse caos, esse indeterminismo que nos deixa com cara de "hã?" todos os dias a cada atitude que tomamos?
Parei pra pensar (e é perigoso pensar sobre a própria vida ou seja lá o que for!) e acabei percebendo que tenho tomado umas atitudes meio estúpidas que envolvem outras pessoas. Explico: Todo sentimento é uma tormenta. Todo sentimento nasce meio como quem não quer nada, coisinha insignificante que vai se alimentando de si mesmo e das pequenas brisas da convivência com pessoas que estão do nosso lado e acaba bagunçando a nossa vida (e a dos outros), num vendaval que nos desabriga de nós mesmos. Às vezes passa logo, mas sempre deixa estragos.
É, eu reconheço que baguncei a sua vida. Destruí os sonhos e sentimentos que você alimentava e acariciava e que eram as paredes do teu abrigo contra as tempestades das diversas convivências. Que eram seu travesseiro e seu cobertor nas noites de alma gelada, quando está vazia. E a gente sempre está com a alma vazia.
Eu sei, eu reconheço. Me perdoe. Eu não queria que fosse assim. Eu queria apenas voar. Eu sou as asas daquela borboleta.
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